Centro cultural Casa Encendida
Uma das melhores coisas de Madrid, na minha opinião, é a ampla oferta cultural gratuita ou com preços bem acessíveis. Eu lembro que antes de vir pra cá sempre via coisas bacanas rolando em São Paulo, mas quase nunca conseguia participar de nada por conta da falta de tempo ou porque se deslocar de um lado a outro da cidade era um desafio. Então quando cheguei aqui em Madrid decidi aproveitar e tento ficar atenta ao que está acontecendo e participar.
Um dos lugares mais legais nesse sentido é a Casa Encendida, um centro cultural do Banco Caja Madrid que funciona nos moldes do Itaú Cultural ou do Centro Cultural Banco do Brasil. E por que eu gosto de tanto lá?
– Está super bem localizado, pertinho da estação de metrô Embajadores e a uns dez minutos de caminhada de Atocha.
– O edifício é lindo, inaugurado inicialmente em 1913 e reformado recentemente, mas mantendo muitas das características originais. O melhor é que ele é acessível e foi todo planejado para economizar energia, água, etc. E lá de cima dá para ter uma vista bonita da cidade e da avenida em que está situado, onde estão outros edifícios antigos bem bonitos.
– Tem exposições MUITO bacanas gratuitas. Uma das melhores exposições que vi desde que cheguei a Madrid – sobre arte russa produzida entre 1917 e 1945 – foi lá. E sempre tem uma ou duas exposições acontecendo, muitas vezes ligadas à política e/ou movimentos sociais.
– Tem sessões de cinema com filmes alternativos, clássicos, antigos, documentários, coisas difíceis de encontrar nos cinemas “normais”. E a entrada é um pouco mais barata que a do cinema, 5 euros.
– Sempre tem atividades para crianças, de shows a oficinas,
– Tem uma biblioteca pequenininha, mas com revistas importadas e que é aberta a qualquer pessoa (você só tem que levar o documento para fazer a carteirinha). É bom para quem quer ir estudar, com luzes individuais.
– No verão, tem shows e sessões de cinema lá no terraço.
– Tem uma cafeteria com coisinhas bem gostosas, como a quiché. O menu costuma ser leve e não é tão caro (custa uns 9 euros).
– Tem uma lojinha de produtos reciclados e/ou comércio justo que vai desde bijuterias até café (inclusive do Brasil!).
– Tem wi-fi!
– Rolam uns cursos que parecem ser bons e interessantes, com temas como sustentabilidade, cidadania até idiomas e Photoshop ou fotografia. O ruim é que as inscrições só abrem duas vezes por ano e as vagas costumam acabar rapidinho.
– Às vezes rolam uns encontros/palestras com temas bem interessantes, na maioria das vezes relacionados à cidadania.
Ainda tem medioteca, sala de computadores, etc. Mas o que eu mais gosto de lá é o fato de que é um lugar onde eu posso ir mesmo se não quiser fazer nada específico, sem saber o que está agenda. Eu entro, vejo uma expo, tomo um café e vou com meu livro até o terraço ler um pouco. Dá para ficar lá o dia inteiro que ninguém vai te falar nada 🙂
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